2.4.13

Resenha: A Culpa é das Estrelas (John Green)

Olá,

A Páscoa estava aí, todo mundo comprando e ganhando ovos e mais ovos de chocolate e eu sem nem pensar nisso. Sou normal?

Enquanto 90% da população se concentrava no consumo engordativo de chocolate, eu só pensava em uma coisa: A Culpa é das Estrelas, do John Green. Há uns dias atrás começaram a aparecer *ou eu procurei kkkk* várias resenhas sobre ele e a cada resenha que lia, me apaixonada e desejava cada vez mais. Foi tipo: “Cara, por que só eu ainda não li esse livro?

Quando eu li a resenha do blog Crônica de Fadas aí não deu mais para segurar, corri *não literalmente* na livraria e catei o lindinho para mim e ainda trouxe o outro desejado – As vantagens de ser Invisível – e chocolates *não em forma de ovos* por que eu também mereço essa delícia né?

Foto: Arquivo Pessoal
Antes de mais nada, aviso que a resenha ficou enooooorme !

Ah, como acabei tirando só uma foto do livro vou colocar no post algumas imagens lindinhas do Gus e da Hazel que achei no Google...*-*

Primeiro eu gostaria de falar da narrativa do John. É super gostosa, flui muito bem e te envolve rapidamente. Achei muito legal a forma como é construído o texto. Em alguns pontos é engraçado, você dá algumas risadas e no parágrafo seguinte tem algum acontecimento que te emociona e mais ali na frente você já está sorrindo novamente. Acho que nunca li um livro desse jeito, um livro bipolar *tá, parei, brincadeirinha sem graça*.

Fonte: Google

A história é narrada em primeira pessoa, acompanhamos tudo pelos olhos da Hazel, uma adolescente de 16 anos, incrível, cheia de críticas e reflexões e que convive com o câncer desde os 13 anos, o que para ela foi como receber a sentença de morte. Hazel se vê como uma granada prestes a explodir e que consequentemente irá ferir todos que a rodeiam. Com esse pensamento ela se isola, se dedicando apenas a algumas atividades, como as aulas da faculdade. Preocupada com o isolamento da filha, a mãe de Hazel a leva a um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer, onde após algumas reuniões ela conhece Augustus.

Eu simplesmente adorei-amei a Hazel. Ela não se vitimiza pela doença e nem fica com “falso-otimismo”, buscando entusiasmo em tudo, afinal não nada de interessante em estar morrendo. Acho essa característica bem realista, pois imagino que a vida de quem tem câncer não é apenas pensar positivamente sobre o tratamento e tal, é pensar também que não vai ter jeito, que vai morrer e se tornar rabugento sem precisar colocar a culpa nos medicamentos.

Fonte: Google

O Augustus é perfeito...Sim ! Eu me apaixonaria por ele “di boua”. É o tipo de cara lindo e inteligente, precisa de mais? Não, né? Adorei as reflexões e conversar com a Hazel, eram conversar profundas e cheias de reflexão que sempre me deixavam pensativa. A forma como o Gus *que apelido lindo* vai conquistando a Hazel Grace *adoro essa formalidade que ele usa para chama-la, é tão incomum e marcante, eu me arrepiava sempre* é linda e paciente, é cheia de sentimento e sinceridade.

O que dizer do romance dos dois? Algo menos que perfeito-lindo-maravilhoso seria injusto. Sério ! A forma tranquila e paciente como eles conduziram a relação chega a ser contraditória por causa da doença, mas é bem marcante na história e a torna mais encantadora. Apesar de não saberem se teriam o dia de amanhã pra estarem juntos eles viviam o romance com calma, sem a pressa comum dos adolescentes. E o Gus sabe compreender a Hazel, por que eles vivenciam o mesmo momento. Ah ! As coisas lindas que diziam um para o outro  é muito amor !


Esta é a minha imagem preferida...*-* Fonte: Google
Ah ! A filosofia...Que delícia pegar um livro para adolescentes e ver que não se trata apenas de mais um romance que vai terminar de uma forma previsível. Existe a beleza da filosofia nesse romance e isso é lindo !!! Eu acho interessante que se trata de FILOSOFIA e não de lição de vida. Para mim existe uma sutil diferença. A lição de vida te diz como/onde/quando fazer e a filosofia *essa linda* te faz ir além, te deixa submerso no pensamento, te marca.

Adorei a forma como o livro nos leva a pensar sobre a morte e a vida. E não só a morte para quem tem câncer (ou está doente), mas a morte para todos nós, a gente sempre esquece deste “pequeno grande detalhe”. E adoro ainda mais a parte que fala do esquecimento e do “lembrar” dos falecido.


Fonte: Google


O interessante é que quando lia nas resenhas que se tratava de uma pessoa com câncer, eu me interessava e pensava: “Eu já atendi pacientes oncológicos, então vai ser legal.” E foi. Mas foi de uma forma totalmente diferente do imaginado. A Hazel me fez descobrir/perceber que não sabia nem um terço do que é conviver com o câncer. A forma como o John apresenta a pessoa que tem câncer é realista e não romantizada e eu gosto disso !

Quando terminei de ler, eu não acreditava que tinha acabado, eu queria mais e mais ! O final foi “inimaginável”. Durante a leitura *até o meio mais ou menos* eu imaginava um final e até já tinha me conformado com ele, mas a reviravolta dos últimos capítulos me fez, de verdade, virar fã do John Green, não deve ser fácil mudar o rumo da história assim. Depois dessa, “eu leria até a lista de supermercado” do John. O final não é nada previsível e clichê, não tem nada de “felizes para sempre” e eu não mudaria nadinha, não mesmo ! Não nego que o final seja triste, inesperado e repentino, mas afinal o que esperar de um paciente terminal? Salvo exceções é claro.

Quando anuncei no facebook que iria começar a leitura do livro, muitas amigas me incentivaram e me aconselharam: “reserve caixas e mais caixas de lenços” e eu deixo àqueles interessados em conhecer a história de Hazel o mesmo conselho.

Minha segunda imagem preferida *-* Fonte: Google
Enfim, A Culpa é das Estrelas é responsável por minha sexta feira de feriado ter acabado às duas e meia da madrugada, por ter encharcado o sofá com lágrimas e ainda ter demorado quase uma hora para dormir pensando nele...Ah ! Sem contar a saudade...Eu já sinto saudades *-* No dia seguinte ao término do livro, eu acordei me sentindo estranha, acordei meio deprimida, como se tivesse perdido algo *e perdi*, não sei se mais alguém se sentiu assim, se sentiu, me falem nos comentários ok?

Depois disso, o saldo é de:

- Muitas lágrimas
- Algumas risadas
- Mais um livro na lista dos favoritos
- Vontade de ler os outros livros do John Green

Espero que tenham gostado da resenha gigante...Me falem o que acharam? Adoro saber a opinião dos meus leitores lindos *-*

Beijos !

4 comentários:

  1. Ameiiii a resenha Aninha, também senti um vazio enorme quando terminei de ler o livro, é um livro que vale a pena ler e reler, não terei coragem de passar o meu adiante, guardarei comigo, bjsss Gi ^^

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  2. Eu tbm não tenho coragem de passar adiante...Já ganhou meu coração para todo o sempre...

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  3. Peguei esse livro do meu irmão, antes mesmo de ele ler...
    e como amei... *-* Logo, logo pego ele de novo! :)

    Adorei a sua resenha, o livro é realmente ótimo.
    Tão clássico quanto o Pequeno Príncipe...

    O meu medo é que estraguem ele quando terminarem o filme! =/

    bjo grande
    http://mundodejubaoli.blogspot.com.br/

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  4. Ai Juh...tbm tenho medo q estraguem quando fizerem o filme...

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